Recentemente perdi uma pessoa querida, meu padrasto, uma pessoa amiga e que , de certa forma, foi um pai para mim. Há um ano perdi uma sobrinha de apenas quatro meses de idade. Há tres semanas , uma amiga está hospitalizada na CTI de um grande hospital, cercada de cuidados, sofrendo de uma doença grave. Estamos orando para que ela vença, mas, será que teremos forças para acreditar numa provável cura? Até onde vai nossa fé , nossa crença num Deus maravilhoso e Pai da humanidade? Entre perdas e ganhos, vamos refletindo, crescendo, aprendendo, nos aperfeiçoando. Amanhã , poderá ser a nossa vez.
Li um artigo que achei deveras interessante e gostaria de compartilhar com vocês, amigas e amigos desse blog.
Desejo a todos bons dias de reflexão na vida, entre suas perdas e ganhos.
ENTRE PERDAS E GANHOS
Por Norma Emiliano
Ao retornarmos as nossas histórias e ampliarmos nossa visão observamos que as perdas e os ganhos fazem parte de um mesmo processo e que não há como escalarmos o crescimento pessoal sem passarmos por momentos de renuncias e sofrimentos.
Normalmente, considera- se que o desenvolvimento pessoal flui naturalmente e que estamos sempre conscientes de tudo que nos acontece. No entanto, as interações primárias e, principalmente, a confortável simbiose mãe-filho deixam marcas profundas que nos acompanham e nos limitam.
O indivíduo aprende a amar e ser amado, a se relacionar consigo mesmo e com o mundo com e em suas primeiras interações. Assim, no desenrolar do tempo atravessa várias etapas do seu ciclo evolutivo, sendo acompanhado de perdas importantes ao seu crescimento pessoal. A primeira perda é a da percepção de que “não somos uno com nossa mãe”. Através do elo- mãe-filho nos sentimos seres completos. Contudo, é no processo de separação-individuação que caminhamos ao encontro da nossa identidade.
A estrutura psicológica do ser humano se forma até os 5 anos e ao longo da vida, na sucessão das perdas, inevitáveis ao crescimento, ele se defronta com a sua incompletude emocional, pois a primeira perda se repete. Assim, em cada estágio de separação há tarefas que devem ser realizadas, mas a forma de enfrentar às perdas está relacionada ao contexto de valores, a filosofia de vida e a religiosidade.
Nem sempre conseguimos entender que os momentos de dificuldades que enfrentamos são necessários para alcançarmos um ponto a mais na nossa escala de crescimento. Na dor não vislumbramos os ganhos. Não percebemos que para poder alcançar, por exemplo a maturidade, tivemos que perder juventude, entretanto pudemos experienciar outros potenciais que, em momentos anteriores não nos eram disponíveis.
Poder olhar para trás e ter saudades, boas recordações é saudável, mas fixar o olhar no tempo passado e não poder usufruir o tempo presente é uma maneira de negar a continuidade da vida; é se tornar velho (fora de uso) mesmo que o tempo cronológico não seja compatível. Portanto, é entre perdas e ganhos que vamos construindo nossa estrada, abrindo novos horizontes. É necessário que possamos reconhecer a dor e, também, saibamos que ela faz parte do movimento constante da vida que se desenrola entre o nascimento e a morte.
Artigo retirado do Portal da Família: http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo389.shtml
Um comentário:
Entre perdas e ganhos é que conseguimos alcançar a maturidade na vida, não podemos ficar sentados eternamente à beira do caminho sem eira e nem beira, mas sim continuarmos a nossa viagem.
Muito boa a reflexão, Stella!
Parabésns pela escolha dessa matéria de coneúdo precioso!
Beijos
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